quinta-feira, 29 de março de 2012


Informação:

PROJETO ASSESSORIA ESCOLAR
"POR QUE AS CRIANÇAS DE HOJE RESISTEM EM ACEITAR LIMITES,
DESAFIANDO PAIS E PROFESSORES?"



ESPAÇO de troca de informações e reflexão do que é a infância hoje, e de como podemos exercer uma comunicação mais efetiva e próxima de nossos filhos e alunos.

ORIENTAÇÃO E APOIO referente ao desenvolvimento e alterações do comportamento infantil, no convívio familiar e escolar.
.Como disse Bernardino Horne, na última Jornada do CLIN-a, é importante que os pais sentem à mesa com seus filhos e conversem, marcando a conseqüência do convívio.

DESTINA-SE  a pais, professores e profissionais.

"Conversação com pais nas Escolas"


quarta-feira, 28 de março de 2012

Artigo:


A Diversidade No  Contexto Educacional

Atividades realizadas pela maioria das crianças como: freqüentar uma
escola, pegar um ônibus, ir ao parque ou mesmo tocar um instrumento,
constituem-se no sonho de muitas crianças e adolescentes que
apresentam necessidades educacionais especiais.
Poder fazer parte do circuito educacional, cultural e social é um
direito ainda a ser conquistado, e que vem ganhando força a partir da
década de 90. A Declaração de Salamanca-Espanha (UNESCO-1994), reforça
o consenso internacional acerca da escola inclusiva, com a proposta do
acesso de crianças com necessidades especiais nas escolas regulares,
onde estas devem estar preparadas para recebê-las.
A inclusão no contexto da Educação não é tarefa fácil, constituindo-se
atualmente num dos maiores desafios do Sistema Educacional. O que se
verifica na prática é que as limitações ocorrem não só em como lidar
com esta criança, mas às dificuldades e resistência que a sociedade
impõe. O mundo contemporâneo ao postular a "criança ideal", acaba por
negar as diferenças e a subjetividade da criança que não consegue
responder a este ideal.
É preciso garantir a expressão do que há de singular em cada aluno,
pois o "normal" e o "anormal" não se encontram dentro da criança, mas
externo a ela, naquilo que os outros (a sociedade) percebem, segregam
e estigmatizam. Sendo a diversidade termo bastante amplo o que ocorre
é a homogeneização das diferenças, perdendo-se de vista a abordagem
relativa a cada caso. A simples inserção desta criança na classe comum
possui um "aparente" efeito normalizador, porém isto não assegura a
aprendizagem. Neste sentido, efetivas políticas e práticas pedagógicas
e institucionais têm sido implantadas sensibilizando escolas,
professores, pais e a comunidade. Tornam-se importantes a escuta e o
apoio técnico ao educador, para que possa suportar a angústia inicial
frente ao diferente e à adversidade, que por vezes vai refletir o que
há de estranho e diferente em si mesmo. A atuação do professor
revela-se fundamental, quando a diversidade passa a se apresentar como
um VALOR a ser cultivado, gerando atitudes pedagógicas criativas que
incorporam as diferenças.
Faz-se necessária uma mudança no olhar destinado às crianças com
necessidades educacionais especiais, oferecendo a elas outro lugar que
não o da patologia; nem tampouco do aluno ideal, mas da criança
que se escuta  e reconhece em suas expressões e desejos, como um
sujeito-criança que pode viver uma oportunidade.




Ana Lucia Esteves
Psicóloga/Psicanalista

domingo, 11 de março de 2012

Artigo:


Crianças  Inquietas Ou Hiperativas ?


O momento sócio-cultural contemporâneo em que vive uma criança hoje é certamente diferente do mundo em que viviam seus pais quando crianças.
Antes devíamos lidar com o “não ter”, com o adiantamento de uma satisfação. Por outro lado, nos tempos atuais da globalização à internet as crianças podem querer e ter tudo de forma mais rápida e descartável, identificados ao mercado, em detrimento do meio familiar que deveria ser o referente mestre do desenvolvimento e socialização infantis.
A expectativa dos pais é que os filhos sejam felizes, inteligentes, competentes e que não decepcionem frente ao computador, afinal, eles “têm de tudo”. Mas a realidade mostra que não existe garantia prévia de felicidade absoluta, e o que vem preencher este lugar na atualidade é o gozo constante, o consumo imediato e sem contestação. No entanto, as crianças contestam colocando à prova nossos limites, e esta oposição às vezes se apresenta por meio de um sintoma.
Entretanto a escola continua sendo o espaço onde a criança vai expressar o que “não vai bem”, sinalizando com problemas de comportamento ou aprendizagem o mal-estar infantil. Se antigamente considerávamos as crianças como sapecas, arteiras ou desobedientes, atualmente a inquietude, dispersão e impulsividade constituem a nova forma de nomear e agrupar o comportamento infantil. Nesta mudança de nomenclatura as crianças em geral são agora denominadas  “ hiperativas ou com déficit de atenção”, utilzando-se a medicação como solução mais imediata para acalmá-las.
Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, os sintomas surgem antes dos sete anos, em crianças que resistem em aceitar regras, impulsivas, pouco atentas ou dispersas, associada à dificuldades na escola e a problemas de relacionamento.
O diagnóstico é baseado na história clínica da criança, não existindo exames laboratoriais que determinem este transtorno, que é de etiologia desconhecida.
O que chama a atenção é o grande número de crianças indisciplinadas e agitadas, sendo medicadas e unificadas com o diagnóstico de – TDHA –, supondo uma afecção cerebral na maioria dos casos atendidos. O tratamento químico como suporte é importante e necessário em casos específicos, mas  não deve ser utilizado de forma generalizada na maioria das crianças inquietas e com dificuldade em aceitar limites.
Há muitos fatores que podem fazer com que uma criança  apresente problemas de comportamento, podendo relacionar-se à dificuldades escolares específicas, problemas familiares, sócio-econômicos , visuais/auditivos ou outros. Inquietude, dispersão e impulsividade são comportamentos infantis até certo ponto esperados,  mas o que se torna preocupante é o grande número de crianças diagnosticadas como  TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade).
Os conflitos  neuróticos infantis deveriam ser entendidos  como uma mensagem de que algo não vai bem , e como um pedido de reconhecimento num momento de desamparo.  Neste sentido,  não cabem respostas rápidas ou mágicas, para a resolução dos sintomas,  com o risco da criança ter amortecida sua própria singularidade e subjetividade num consumo tão precoce de medicamentos, além dos efeitos colaterais de sonolência, tontura e perda do apetite na maior parte dos casos.
Um diagnóstico adequado requer não só  o critério médico, mas também avaliação psíquica, educacional e social, pois geralmente a agitação excessiva e a dispersão  costumam ser apenas a ponta do iceberg do que há de particular na estrutura psíquica de muitas crianças, talvez efeito das novas formas de subjetivação de nossa época atual.
A  integração de pais, escola, técnicos e comunidade nesta questão pode possibilitar outros caminhos alternativos, que  deve preservar e favorecer a expressão infantil.
Artigo:

"Doença De Alzheimer: Sintomas e Sentimentos".

Na atualidade a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando pessoas de meia idade e idosos.É uma doença degenerativa e progressiva, lesionando o tecido cerebral, causando distúrbios da função cognitiva, do humor e comportamento.
Entre os sintomas mais comuns estão a perda gradual da memória recente, declínio do desempenho para as atividades cotidianas, diminuição do senso-crítico, desorientação no tempo/espaço, estados ansiosos e depressivos.É importante ressaltar que a dificuldade de memória benigna é um processo natural do envelhecimento de qualquer pessoa, não devendo ser associado de imediato à doença.
Nos estágios iniciais do Alzheimer a pessoa têm consciência de seu estado e sofre com as perdas graduais e irreversíveis, apresentando sentimento de angústia,frustração, raiva e estados depressivos. O portador passa a viver num mundo onde os objetos desaparecem, as explicações são rapidamente esquecidas e as conversas perdem o sentido. Em fases mais avançadas a sensação é de que tudo começa a cada momento, o mundo lhes parece estranho e ameaçador, necessitando de atenção, tolerância e cuidados especiais do familiar/cuidador.
Cuidar de uma pessoa demenciada é presenciar de forma progressiva a perda da identidade, processo construído durante toda a vida e que vai se perdendo aos poucos. É importante o familiar evitar a sobrecarga emocional, física e social que ocorre ao atender o portador de Alzheimer,  buscando ajuda, infomações  e suporte emocional em grupos de apoio familiar.
Nos estágios inicial e intermediário da doença podem ser realizadas atividades de reabilitação, que utiliza recursos ainda preservados do paciente visando maior independência, e diminuição das alterações de humor e comportamento. É importante focar sempre seu potencial remanescente e não suas perdas, visando retardar a progressão da doença e melhor qualidade de vida.
Artigo:

Saúde Mental Do Idoso: Limites e Possibilidades.


O envelhecimento é um tema cada vez mais presente, efeito dos progressos na medicina e de melhores condições de vida.  Etapa do desenvolvimento humano, que além do referencial cronológico é também o reflexo da história de vida do sujeito, e de um passado que o individualiza.
Envelhecer inaugura a descoberta dos primeiros sinais que marcam o tempo no corpo, trazendo o estranhamento de se descobrir como um outro. O enfrentamento desta desconstrução, somado à percepção da finitude, pode ocasionar alterações subjetivas que vão desde a depressão até questões relacionadas à própria identidade. Neste sentido pode ocorrer uma falha no processo de resignificação da imagem corporal do idoso, pensando que "seu corpo não o acompanha mais", chegando a ser difícil reconhecer-se no espelho.
Outro fator que colabora neste processo é a perda ou distanciamento dos vínculos laborais, sociais e familiares, perdas que podem representar uma parte de si mesmo que se vai, com a tendência a se deixar abandonar. Quanto mais as perdas ocupam espaço no psiquismo, menos rica e mais deteriorada torna-se a sua qualidade de vida. Assim pode ocorrer um apego às vias do desprazer e à falta de poder colocar em palavras o que é vivido no presente, nutrindo-se então apenas das lembranças do que se foi.
Este processo encontra ancoragem na sociedade contemporânea, na qual o lugar valorizado do velho como detentor da experiência se esvazia e cede espaço ao ideal de juventude, no intuito de postergar os sinais do envelhecimento e a proximidade com a morte.
Surpreendido pelos sinais do tempo e a fragilização biológica, social e afetiva, o que constatamos na clínica é que muitas vezes o isolamento ou a doença física vem ocupar este lugar vazio,  revelando altos níveis de angústia e um "apagamento" do sujeito do desejo. Como consequência temos um maior número de manifestações depressivas, doenças crônicas, distúrbios neurológicos e comportamentais, gerando muitas vezes um processo de envelhecimento patológico.
Poder rever seu passado e os significantes que fundam sua história, possibilita ao idoso uma valorização positiva de mais esta etapa de vida. Querer formular desejos, encontrando atividades substitutivas e exercendo o ócio ativo. Poder querer construir novos sentidos na vida e ser tratado com dignidade e reconhecido em suas palavras e ações.
O entorno familiar e social tanto podem influir positivamente neste processo, como acelerá-lo de forma negativa. A promoção da relação idoso-familiar, através da conscientização dos familiares em relação às dificuldades e ao potencial remanescente do idoso, pode ser de grande ajuda.
Visando melhores condições mentais do idoso, é importante a mobilização de afetos, promovendo mudanças subjetivas, ao oferecer espaço de expressão e escuta. Como porta-voz e intérprete de seu sofrimento, recuperando uma posição de sujeito de seus desejos, e não somente como objeto de cuidados.
Entendemos com a Psicanálise que “a temporalidade do inconsciente remete a um sujeito que não envelhece”.
Informação:

Consultoria Familiar.

OBJETIVO: A partir de dois encontros   estabelecer estratégias de como lidar com as dificuldades do comportamento, aprendizagem e desenvolvimento na infância e adolescência. Abordar os problemas relativos ao fracasso escolar, transtornos alimentares, fobias, depressão, drogas, alterações de humor e comportamento.  Suporte e orientação na educação inclusiva.


CLÍNICA: Rua Banco das Palmas – (Metrô Santana).                                                                            Av. Paulista – (Metrô Trianon). 


CONTATO: analuesteves@hotmail.com